Hoje vou escrever algo que poucos doms tem coragem de falar, pq a maioria quer passar uma imagem de perfeição e de controle total 100% nas sessões, mas na prática não é assim. Afinal a fantasia BDSM é uma, a prática pode ser bem outra.
Os limites entre a dominação e a submissão às vezes são muito tênues e os "submissos" sabem disso, testam o Dom e vão até onde a corda estica. Cabe ao Dom deixar a corda curta...e saber deixar arrebentar do lado mais fraco caso necessário. rs. Muito teórico? vamos lá: quando o sub, usando o linguajar esperado do BDSM, tratando seu Dominador de senhor, "sugere" constantemente no meio da sessão que "seria melhor" amarrar assim, ou conduzir assim, quem está sendo o Dom? Claro que é o "sub", na verdade mais um praticante passivo do BDSM do que um submisso.
Não vamos confundir isso com os limites pré-conversados ( algo totalmente SSC - são, sadio, consensual) ou ajustes necessários (uma corda que tá prendendo a circulação, por exemplo). Mas se o "Dom" está ali somente para fazer a sessão como o "sub" quer que aconteça, está claro quem manda na situação né? . Bem, muitos diriam, qual é o problema? Nenhum, se a gente der nome aos bois e desde que as partes entendam o que está acontecendo.
Muitas vezes o praticante passivo do BDSM, entendendo passivo aqui como quem recebe a prática, nao como alguém que recebe penetração, nem faz isso de caso pensado ou por mal. Ele quer satisfazer os desejos dele, certo? Ok, mas e os desejos do dominador, que a essa altura prefiro chamar de praticantes ativo do BDSM, ou seja, quem faz a pratica tbem precisam ser levados em conta, certo?
Qual a soluçao legal encontrada? existe uma? Acho que sim: achar um equilibrio nesse jogo, onde os dois praticantes, estejam com tesão, trocando e satisfeitos. Se der pra gozar no final ( sabemos que no BDSM isso não é obrigatório, ufa!!!) , como disse a Rita Lee, melhor!
