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Na Masmorra do Fausto - Coluna semanal no portal iGay.

 

O comportamento Leather pode ser compreendido historicamente como parte integrante de toda uma Contra-Cultura surgida nos anos 50 e 60. Tratam-se de uma série de movimentos e propostas de estilo de vida, que rompiam com os modelos sociais e de comportamento vigentes até o pós guerra e que buscavam o estabelecimento de novos modelos sociais e a aceitação de minorias em contraposição à sociedade conservadora.

A cena Leather ganhou força no pós-Guerra e leva roupas e acessórios de couro para o mundo dos fetiches

 

O crescimento e difusão desses novos modelos de comportamento apenas se tornou possível nos anos pós Segunda-Guerra, porque este período de reconstrução da economia mundial passa a ser um período de florescimento cultural, crescimento e diversificação da indústria e do mercado. Esse fenômeno permitiu às massas criarem novas identidades à partir de sua ideologia, novos bens de consumo disponíveis, serviços e estéticas compartilhadas. Esse período marca também a explosão e difusão de novas mídias como revistas e periódicos especializados, e espaços diversificados de convivência como bares e clubes noturnos. É nesse contexto que a o movimento surge Leather e cresce quase que paralelamente nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Holanda e na Alemanha (mais especificamente Berlim).

Inspiração para roupas e acessórios  

A Indústria Cultural e de entretenimento foi também fundamental para o aparecimento da cena e sua estética.

Nos anos 50 um grande ícone para a cena e o imaginário de sua fantasia foi o filme “O Selvagem”, com Marlon Brando, no qual a temática gira em torno de jovens motociclistas, sendo seu marco maior, os quepes de couro.

Vale salientar que a estética do couro utilizada no filme era marrom e não preta. Porém como o filme era preto e branco, o preto, enquanto cor agressiva e viril, foi a cor que se firmou no imaginário dos espectadores, o que gerou depois toda uma indústria voltada à cena. 

Os quepes utilizados pelos Leathermen já eram velhos conhecidos dos motociclistas americanos e europeus e tiveram valor estilístico emprestado dos quepes dos oficiais alemães da época da Guerra. Muitos dos jovens adeptos do couro nos EUA lutaram na Guerra e trouxeram quepes alemães ao retornarem, por terem por eles grandefetiche.

Outros elementos agregados pelos grupo foram roupas e acessórios de cowboys, gladiadores e bikers de todos os tipos, além da estética e comportamentos BDSM .

Dos anos 90 para cá, a cena Leather vem se desenvolvendo esteticamente e crescendo mundialmente. Com o advento da internet, cada vez surgem mais grupos especializados nas redes sociais e novas marcas voltadas ao público “ Águias do Couro ” de todas as espécies, tipos e gostos que vão se multiplicando pelo cena Gay e LGBT . Viva a diversidade! Para saber sobre fetiches, acompanhe Fausto Fardado na coluna Masmorra do Fausto aqui no iGay . 

Link deste artigo: 

http://igay.ig.com.br/colunas/masmorra-do-fausto/2017-07-21/cultura-estetica-leather.html

 

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