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Na Masmorra do Fausto - Coluna semanal no portal iGay.

 

http://igay.ig.com.br/colunas/masmorra-do-fausto/2017-07-07/bdsm.html

Como estabelecer regras e papéis em uma sessão de BDSM

Fausto Fardado comanda a coluna Masmorra do Fausto no iGay, e nesta semana mostra detalhes de como é uma sessão com os fetiches do BDSM

 

Antes de se aventurar em uma sessão de BDSM, alguns acertos e conversas são necessários para que ambos do casal tenham prazer e segurança com a prática. Para aproveitar ao máximo e evitar problemas, é interessante o casal envolvido estabelecer certas regras de como será desenvolvida a sessão e quais os seus limites dentro dos parâmetros SSC (São, Seguro e Consensual).

Vale lembramos aqui que esse tipo de prática não envolve nem espancamento ou tortura real. A intenção é que os envolvidos saiam da sessão de  BDSM melhores do que entraram.  

Tendo isso claro, vamos aos detalhes da sessão: 

 

Papéis e conduta

O primeiro passo, como já citamos, mas é importante ressaltar, é estabelecermos certos critérios que evitam danos físicos e psíquicos, ajudam na criação do clima e da estética necessários à prática e contribuem para o prazer, a interação e o desenvolvimento de vínculos entre os envolvidos.

Nesse ponto que serão definidos, por exemplo, quem será Dominador e quem será Submisso e como cada um vai agir e até se existirá de fato uma submissão, afinal, nem todos sentem prazer ou ficam à vontade nesse papel. Algumas pessoas gostam apenas dos acessórios e técnicas corporais envolvidas e do fetiche. Isso não é um problema, desde que em algum momento isso seja conversado e fique claro para ambas as partes. Caso o candidato não saiba ainda o que quer, vale a pena uma pesquisa para começar uma primeira experiência com calma. 

 

Se ficar acordado que haverá submissão, esse é o momento de definir como o candidato a Sub irá se dirigir ao Dominador e vice versa, já que existem diversas formas de se abordar um Dom , que vão desde a utilização de tratamentos como Senhor, Mestre e Dom, ou caso o Dominador prefira, nenhum deles. 

Também serão estabelecidos detalhes como data, local e hora de início término da sessão. Respeitar os horários e cumpri-los é um exercício de respeito e cidadania. O tempo de um Dom é tão importante quanto o tempo de um Sub, portanto deixá-lo na mão se torna deselegante e já de início inibe a possibilidade de qualquer relação. 

 

Práticas envolvidas

É essencial ainda conversar sobre as práticas que serão feitas na sessão de BDSM e o que o candidato a Sub não pretende realizar. O inverso também vale, já que o Dom não é obrigado a realizar todas as práticas que fazem parte da abrangência do Sub. 

Algumas sessões envolvem fotos e é preciso combinar se essas imagens serão ou não divulgadas e onde elas poderão aparecer. 

Palavras de segurança

Esse é um ponto fundamental. Os particioantes devem ter claro qual a palavra ou gesto de segurança para, em uma emergência ou na proximidade de se atingir um limite físico ou psíquico, se atenuar ou mesmo parar a sessão. 

Pós-sessão e cumplicidade

O que vem depois da sessão também é importante para a saúde psíquica dos indivíduos envolvidos. Esse é o ponto onde ambos irão, de forma mais solta, sair do clima da sessão, da tensão, e poderão trocar impressões pessoais.

Quando bem realizado, esse é um momento que pode gerar amizade e cumplicidade, no qual sentimentos, impressões e sensações serão elaborados. É uma oportunidade para sublimarem a sessão e compreenderem o que obtiveram de verdadeiro valor e aprendizado um com o outro. É um momento para se expressar gratidão, para trocarem, em alguns casos, carícias e darem boas risadas, falarem da vida. O casal tem a chance, ao seu modo, de entender que o BDSM é um meio e não um fim em si mesmo.

Tomadas essas devidas precauções e cuidados, vamos à prática da sessão de BDSM e, para isso, toda entrega, arte, criatividade, luxúria, volúpia e fantasia são indispensáveis. E sem dúvida a sessão será inigualável e inesquecível! . 

http://igay.ig.com.br/colunas/masmorra-do-fausto/2017-07-07/bdsm.html

 

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